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A nossa história

Escrevia-se o dia 24 de Abril de 1988. Era Domingo, um lindo dia de Primavera com o sol brilhando, e, no aeroporto da Portela, Lisboa, iam-se reunindo aos poucos 20 pessoas ao redor de J.M. Cruz Cebola e do Sr. Cardoso, o representante da agência de viagens Catur. Todos eles iam embarcar no voo TP 626 com rumo a Amesterdão, Holanda. Essas 20 pessoas eram gerentes e administradores de outras tantas empresas da área dos transportes de carga. Todos eles tinham sido convidados pela J.M.Cruz Cebola - International Brokers para uma visita de inspecção de viaturas usadas em quatro empresas na Holanda (De Vooruitgang, Truckzentrum Sliedrecht, Kleyn Trucks e Globe BV). Pontualmente às 12 horas, o Boeing 737-300 da TAP levantava voo e, igualmente pontualmente às 15,40, aterrava no aeroporto de Schiphol, Amesterdão. Acabados de sair do aeroporto, já estávamos a 'correr' para Diemen, nos subúrbios de Amesterdão, onde o Mijnheer Jack Breedijk, dono da De Vooruitgang Trucks, nos atendeu de uma forma impecável e nos mostrou as viaturas que tinha para venda. Feitas as compras, rumámos para Amesterdão, onde jantámos e pernoitámos. No dia seguinte, segunda feira, pela manhã, rumámos para Vuren, onde o jovem Piet Van Driel e os restantes colegas da Kleyn Trucks ficaram de boca aberta ao verem chegar tantos clientes de uma só vez... Feitas as compras, zarpámos para a Truckcentrum Sliedrecht onde todos tiveram oportunidade de encontrar mais algumas viaturas. Já o dia tinha escurecido quando nos dirigimos ao Hotel Dordrecht na pequena cidade de Dordrecht. Terça feira amanheceu com o 'grupo excursionistas tugas às compras' viajando até Loon op Zand, nos arredores de Roterdão, para visitar a empresa Globe BV. Às 17,40 já estávamos todos dentro do Boeing 737-300 (voo TP 627) da TAP voando de volta a Lisboa.

Foi assim que tudo começou.... E não mais parou durante anos e anos... No dia 13 de Maio, J.M.Cruz Cebola já estava embarcando de novo rumo à Holanda com mais um grupo e, em 10 de Junho desse ano, já estávamos também cobrindo a Alemanha. Nesta viagem já embarcaram empresas da área da construção civil e obras públicas e foram incluídas empresas fornecedoras de máquinas na lista de firmas a visitar. No mês de Fevereiro do ano seguinte, 1989, foi a vez de se testar o mercado da área do transporte colectivo de passageiros, tendo participado nessa viagem o gerente de uma empresa de Paços de Ferreira. Só em Maio de 1990 começámos em força com esta área. Também em Maio, mas ainda de 1989, aventurámo-nos na área das autogruas, sendo que esta viagem foi exclusivamente dedicada a empresas do ramo.

Foram anos de muita corrida e de bastante estresse, mas também de alegre e sã convivência e, claro, bons negócios. Conhecemos muitas cidades, vilas e aldeias da Holanda, da Bélgica, da Alemanha, da Suécia, da Dinamarca, da Noruega e da Finlândia. Conhecemos muitas pessoas nestes países, algumas excepcionais, outras nem tanto... Corremos (em algumas vezes, 'voámos'...) por autoestradas, vias rápidas, estradas nacionais e estradas secundárias, vimos montes e vales, chuva e neve, paisagens de tirar a respiração. Visitámos o que havia a visitar nas cidades onde pernoitávamos. Tanto podia ser o Red Light District (o Bairro da Luz Vermelha) em Amesterdão, como a Alte Pinakothek (Museu da Pintura Antiga) em Munique, ou a Reeperbanh, em Hamburgo, ou a Altstadt em Dusseldórfia, ou a Grand Place em Bruxelas. Tanto almoçávamos rapidamente umas sandes numa área de serviço de uma autoestrada, como nos banqueteávamos ao jantar numa 'steak house' de um centro citadino. Foram viaturas de todos os tipos, marcas e modelos que nos levavam de um lado para o outro. Tanto podia ser um veloz Mercedes, Audi ou BMW de alta cilindrada como uma lenta carrinha de 9 lugares. Algumas vezes, também usámos ligações ferroviárias entre a Holanda e a Alemanha. Infelizmente, quase não restaram provas fotográficas dessas viagens. Publicamos as poucas que temos e deixamos aqui expresso o pedido a quem tenha participado nestas viagens e tenha ainda alguma fotografia que faça o favor de nos fornecer cópia.

Infelizmente, o avanço das novas tecnologias e a penetração da Internet nas nossas vidas pessoal e profissional levaram a que estas viagens deixassem de ser necessárias, passando tudo a processar-se ao nível do virtual. Melhor ou pior, mais vantagens ou mais desvantagens? Cada um avaliará da forma que melhor entender. Para nós, foi mau ter-se perdido o contacto pessoal com as pessoas. Na nossa visão, negociar olhos nos olhos é muito melhor que negociar através de 'bites'. Sentar no banco do motorista de um autocarro ou na cabina de uma escavadora, rodar a chave e ouvir o ruído dos respectivos motores sibilando supera de longe qualquer fotografia ou mesmo vídeo que possamos ver no monitor do nosso computador ou no ecrã do nosso telemóvel. Somos 'démodés' ? Talvez. Nostálgicos? Seguramente. Temos saudades desses tempos.

Contudo, tal não nos impede de acompanharmos a evolução tecnológica e de tentarmos, como sempre o fizemos, estar na linha da frente. Com a nossa 'prata da casa' delineámos e concretizámos várias páginas de Internet, todas ligadas à página-mãe, uma 'velhinha' de muitos anos (a sua primeira versão remonta a 1999 !), que foi morta e enterrada em 2013 e substituída por uma nova de raiz, ano em que criámos o domínio 'pt', embora se mantivesse o 'com'. Esta página-mãe abriga sob o mesmo chapéu todas as variadas actividades a que estamos ligados, embora algumas delas tenham o seu domínio e a sua página (home page) próprios. Tal é o caso da 'tradutor-cruzcebola.pt', da 'stones-natursteine-portugal.pt', da 'mr-fix-it.pt', da 'eventosecompanhia.pt', da 'topografia-etc.pt'. Até agora a área do equipamento usado (viaturas de carga e de passageiros e máquinas para a construção civil e obras públicas) funcionava dentro da página-mãe 'cruzcebola.pt'. Cientes da importância desta área, resolvemos reativar um nosso domínio antigo ('autocarros-maquinas-viaturas.com') e registá-lo em dois domínios (.com e .pt). Todas as páginas atrás indicadas estão replicadas com os mesmos nomes

- no servidor da Webnode

- no Facebook

Uma outra novidade são os códigos de barras (qr codes) que embutimos em cada uma das páginas e que permitem a quem tem esta aplicação instalada no seu telemóvel 'smartphone' apontar para o código e abrir neste a respectiva página.

A vida é assim. Não vem com manual. Tem encontros e desencontros. Aquece e arrefece, aperta e, em seguida, afrouxa, sossega e, depois, desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, pelo simples medo de arriscar. Nós vamos arriscar !

Melhores Saudações da Vila de Sintra (Património Mundial)


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 Primeira viagem em Abril de 1988